CAMPANHA ALERTA PARA PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS EM CRIANÇAS
Ronco e apneia obstrutiva do sono atingem cerca de 3% da população em fase pré-escolar
Dormir tranquilamente é fundamental para que a criança se desenvolva de forma saudável. Além de prejudicar o crescimento, a falta de descanso pode causar dificuldades de atenção, agitação, ansiedade, problemas sociais, de memória e de comportamento.
A Campanha Nacional Otorrino Pediátrica, criada pela Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (ABOPe), em parceria com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), chama a atenção para a ocorrência de roncos e apneia obstrutiva do sono, doenças respiratórias que também atingem a população infantil.
Segundo a presidente da ABOPe, a otorrinolaringologista pediátrica Dra. Renata Di Francesco, cerca de 3% das crianças em idade pré-escolar sofrem de apneia, afecção caracterizada pelo ronco alto e interrupção da respiração ao dormir.
“O ronco e apneia aumentam a fragmentação do sono, prejudicando a ação do hormônio de crescimento. Isso significa que as crianças que apresentam problemas respiratórios enquanto dormem não atingem completamente o desenvolvimento em peso e em altura se comparadas às saudáveis”, comenta a especialista.
A médica acrescenta, ainda, que a apneia obstrutiva do sono afeta os períodos de sono profundo e leve. “Diferentemente dos adultos, nos quais a privação sono leva à sonolência, as crianças apresentam dificuldades de atenção, agitação, ansiedade e problemas sociais. A fragmentação do sono interfere no desenvolvimento cerebral prejudicando o armazenamento de memória e resgate de informação, podendo atrapalhar o desenvolvimento cognitivo e escolar da criança”.
De acordo com a Dra. Di Francesco, os principais sintomas da apneia obstrutiva do sono são o ronco noturno, pausas respiratórias ao dormir, dificuldade para respirar, sono agitado, transpiração excessiva à noite e respiração oral. Caso algum desses indícios seja identificado, os pais devem procurar um especialista.
“Na maior parte dos casos, a ocorrência da doença está relacionada ao aumento da adenoide ou da amigdala. O tratamento pode ser clínico, dependendo da causa da apneia, ou cirúrgico, com a retirada das amigdalas e da adenoide”, explica a médica.
ABOPe REALIZA A 1ª EDIÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL OTORRINO PEDIÁTRICA
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