Todo otorrinolaringologista é treinado no atendimento a crianças saudáveis com problemas otorrinolaringológicos mais comuns. Quando uma criança necessita de tratamento clínico ou cirúrgico mais complexo ou se um criança é portadora de uma doença complexa pode ser necessário a atuação de um otorrinolaringologista especializado neste atendimento.
O surgimento de otorrinolaringologistas especialistas na população pediátrica assim como outras especialidades em todo o mundo se deu em paralelo com o avanço das tecnologias em neonatologia e com a melhora da sobrevida de crianças com distúrbios complexos e doenças crônicas. Sem dúvida, a necessidade de especialistas atuando junto às unidades de terapia intensiva, em equipes multidisciplinares, que facilitassem a comunicação entre as especialidades para uma visão geral dos casos é essencial.
A otorrinolaringologia pediátrica pode ser exercida em diferentes níveis.
Uma estratificação teórica proposta na última gestão pelo do Dr Vinicius Ribas Fonseca, contempla de forma muito prática a otorrinolaringologia pediátrica em todos os níveis abrangendo todos os associados da ABOPe, dentro das aptidões e perfis de atendimento de cada um.
Primário: atendimento às doenças mais prevalentes da ORL da infância que não exija equipe multidisciplinar treinada e morbidade que não aumento chance de complicações e necessidade de UTI
Secundário: atendimento à patologias prevalentes em crianças com características especiais como pacientes sindrômicos, com doenças sistêmicas graves, doenças mais complexas e raras, em que a morbidade dos quadros otorrinolaringológicos mesmo que corriqueiros necessitam de atenção especial com uma maior frequência de necessidade de UTI, mesmo que preventiva, além de materiais especiais, equipe multidisciplinar treinada e interdisciplinaridade.
Terciário: patologias otorrinolaringológicas pediátricas com alto grau de complexidade, com necessidade de suporte avançado de vida, interdisciplinaridade e equipe multidisciplinar e interdisciplinar.